sábado, dezembro 14, 2024
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Frota XXL, novos destinos… Novas roupas da Royal Air Maroc

Depois da crise vem o bom tempo. Três anos e meio após o início da pandemia de Covid-19, que a fez sofrer duas perdas sucessivas de 3,8 mil milhões de dirhams e depois 2,7 mil milhões de dirhams, a Royal Air Maroc (RAM) planeia regressar aos lucros em 2023, segundo seu CEO Hamid Addou.

“Durante a crise, não ficámos de braços cruzados a ver os nossos aviões presos na pista”, explica. Como prova, cita o contrato-programa muito ambicioso assinado em julho com o governo de Aziz Akhannouch, que promete até 2037 investir a empresa nacional para a vanguarda do setor aéreo em África.

Entre as principais promessas deste plano está a quadruplicação da frota da RAM – que atualmente é composta por 50 aeronaves – para servir 143 destinos (face aos 99 atuais) e transportar 31,6 milhões de passageiros. passageiros (em comparação com 7,44 milhões em 2019). Tudo isto para um volume de negócios de 94 mil milhões de dirhams (pouco mais de 8,5 mil milhões de euros).

“Mais de 80 aviões em 2027”

Um plano muito mais ambicioso do que o apresentado – mas não adotado – em 2017 por Hamid Addou, que previa simplesmente duplicar a frota da empresa pública. “A avaliação da procura feita em 2017 não é a de 2023. Passaram seis anos desde então e, entre o que prevê a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) e o que vemos no terreno através de diferentes dados reportados, as necessidades não são tão iguais. mesmo. Então, há cinco anos, não éramos membros da aliança Oneworld, graças a qual registramos o fornecimento adicional este ano”, afirma o engenheiro.

Posto isto, e ao contrário do último contrato-programa assinado em 2011, o novo projecto de Hamid Addou não revela o valor que será injectado pelo Estado no capital da empresa. Segundo o seu CEO, a ausência desta informação crucial pode ser explicada pela própria natureza do novo programa.

“Obviamente produzimos planos de negócios muito precisos ano a ano mas, ao contrário do antigo contrato-programa que visava sanar passivos e uma situação que era complicada, este visa reforçar o ritmo de investimento e o crescimento da empresa. Se a empresa gerar resultados melhores do que o esperado, o financiamento concedido pelo Estado será menor”, ​​explica ao África jovem.

De qualquer forma, a aquisição dos 150 novos aviões será financiada em grande parte pela dívida. “Esse é o esporte de capital que vai variar de um ano para outro, dependendo dos nossos resultados. » Em 2023, a empresa pública quer adquirir dez novos dispositivos, “sete dos quais já seguros”. A partir de 2024, sua frota deverá contar com 60 aeronaves. “Em 2027, A frota será composta por mais de 80 dispositivos com uma taxa de aquisição de cerca de dez máquinas por ano”, explica Hamid Addou.

Novas linhas

Para continuar a apoiar o desenvolvimento do sector do turismo, a RAM irá primeiro reforçar os seus voos domésticos e ligar os principais destinos do reino aos seus mercados de origem. “Trata-se de ligar mais aeroportos marroquinos sem necessariamente passar por Casablanca. Entre 2023 e 2027, planearemos também um certo número de rotas para cada região turística marroquina, como Tânger, Marraquexe, Agadir ou mesmo Dakhla, que está a evoluir de forma extraordinária”, explica o CEO. Além da linha Paris-Dakhla, a empresa prevê lançar “pelo menos três outras rotas” para ligar a cidade dos sul às capitais europeias.

Outra prioridade para Hamid Addou: desenvolver o hub de Casablanca com, entre outros projetos, o lançamento de voos diretos de Casablanca para Los Angeles e a reabertura da linha para Pequim. “No curto prazo, também há planos para abrir uma linha para Nápoles e Manchester, a partir de Casablanca”, continua. A longo prazo, a RAM pretende fortalecer-se ainda mais no continente para servir todas as capitais africanas. Uma evolução que Hamid Addou descreve como dado natural da história da empresa.

“Não concordamos de repente e dissemos que queríamos desenvolver a zona africana. Recordo que lançamos a nossa primeira rota africana em 1958, um ano após a criação da RAM. É um DNA que construímos com paciência, passo a passo, sem anúncios supérfluos”, afirma. Uma escavação mal velada à Air Algérie, que lançou recentemente uma encomenda de dez aviões para competir com a empresa marroquina. “Estou feliz que a Royal Air Maroc seja um modelo para outra empresa no continente”, conclui, não sem sarcasmo, Hamid Addou.

Yann Amoussou
Yann Amoussouhttps://afroapaixonados.com
Nascido no Benim, Yann AMOUSSOU trouxe consigo uma grande riqueza cultural ao chegar ao Brasil em 2015. Graduado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília, ele fundou empreendimentos como RoupasAfricanas.com e TecidosAfricanos.com, além de coordenar o projeto voluntário "África nas escolas". Com 27 anos, Yann é um apaixonado pelo Pan-Africanismo e desde criança sempre sonhou em se tornar presidente do Benim. Sua busca constante em aumentar o conhecimento das culturas africanas o levou a criar o canal de notícias AfroApaixonados
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