Foi na carta de transição que o novo chefe de Estado tomou posse, em 4 de setembro, mas ninguém ainda tinha conseguido ler o texto. Agora está feito, pois acaba de ser publicado no diário oficial.
Datado de 2 de setembro, enumera os objetivos definidos pela Comissão para a Transição e Restauração das Instituições (CTRI): a assistência do Estado, a implementação de grandes reformas, mas também a adoção de uma nova Constituição que terá de ser validada por referendo, e a implementação de uma nova Constituição que terá de ser validada por referendo, e a implementação de grandes reformas, mas também a adoção de uma nova Constituição que terá de ser validada por referendo. realização de eleições locais e nacionais “livres, democráticos e transparentes” no final de lá transição.
Composta por seis capítulos, a carta conta com a assinatura do presidente, Brice Clotaire Oligui Nguema, e dos chefes das principais forças armadas do país. Entre eles, o major-general Serge Hervé Ngoma, comandante-em-chefe da Polícia Nacional, e Jean Martin Ossima Ndong, chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.
Presidente… e candidato?
Os militares terão um papel preponderante na transição, cuja duração não está incluída, se acreditarmos na composição do Conselho Nacional de Transição (CNT), um dos cinco órgãos criados. Responsável pelo auxiliar Brice Clotaire Oligui Nguema “na determinação da política da nação”, a CNT é composta exclusivamente por membros das forças de defesa e segurança, que colocou Ali Bongo Ondimba na noite de 30 de Agosto.
O General Oligui Nguema será coadjuvado por um vice-presidente de transição, e poderá contar com um secretariado-geral responsável pela coordenação da acção presidencial, colocado directamente sob as suas ordens. Nem o vice-presidente nem o secretário-geral poderão concorrer nas eleições realizadas no final da transição.
Por outro lado, não há contra-indicação para o presidente: Brice Clotaire Oligui Nguema poderá, se Ó deseja concorrer ao cargo supremo. Indicado pelo CTRI, exercerá a carga até a posse do próximo Presidente da República. Observe que ele também atua como Ministro da Defesa e Segurança. Cabe-lhe garantir o “respeito pela Constituição e pela carta de transição”.
Civil e militar
Também devem ser criados uma Assembleia Nacional, um Senado e um Tribunal Constitucional de transição. Os membros deste último foram nomeados por decreto de 6 de setembro. O seu presidente é Dieudonné Aba’A Owono – substitui Marie-Madeleine Mborantsuo, no cargo desde a criação da instituição em 1991.
O governo deverá ser proposto pelo primeiro-ministro, Raymond Ndong Sima, e nomeado por Brice Clotaire Oligui Nguema. Seus membros também não poderão ser candidatos em futuras eleições presidenciais.
A Assembleia Nacional será composta por cinquenta membros de organizações políticas, escolhidos pelo presidente sob proposta dos partidos, e vinte “altos executivos da nação”. Os membros do Senado devem ter pelo menos 50 anos e representam como principais forças do país: organizações patronais, sindicatos, sociedade civil, confissões religiosas e organizações tradicional.