Em 22 de abril, as operadoras de telecomunicações MTN e Orange na Costa do Marfim anunciaram o retorno de suas antigas ofertas de internet móvel. Uma decisão que surge na sequência da revolta desencadeada pela fixação de um novo piso de preço que levou à concessão de menos crédito 4G ao mesmo preço. A partir de 11 de abril, Moov África Côte marfim (subsidiária da Maroc Telecom) havia restaurado suas ofertas antigas.
A forte insatisfação do consumidor forçou o governo a intervir e suspender a aplicação das novas tarifas em 10 de abril. As conversas foram iniciadas em meados de abril entre a Autoridade Reguladora das Telecomunicações da Costa do Marfim (ARTCI) e as três operadoras do país. Este último, que temia que a situação se arrastasse devido a constrangimentos técnicos, acabou por chegar a um acordo.
O retorno das consultas
Recorde-se que a ARTCI, que procura neste momento reequilibrar um mercado de telecomunicações que considera fragilizado pela perda de receitas de voz, decidiu a 12 de Janeiro e após consulta a um ano, reduzir o preço mínimo oficial em 20% para 0,8 francos CFA a partir de 6 de abril. Paradoxalmente, esta decisão teve como efeito o aumento dos preços, aplicando os operadores desde 2020 um preço mínimo não oficial, situado abaixo deste limiar.
Desde 20 de abril, uma nova ronda de consultas foi iniciada pela ARTCI com o objetivo de fazer cumprir a sua decisão que incluiu outras medidas, nomeadamente o adiamento de dados não utilizados e o aumento dos bónus de 100 para 200%.
Em seus respectivos comunicados à imprensa, a Orange e a MTN não especificam se manterão esses dispositivos. A Moov Africa Côte d’Ivoire, por sua vez, optou por manter o adiamento fazer dados.