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Nacionalistas afro-americanos acusados ​​de serem agentes da Rússia

A busca pelo apoio africano para a atual política russa é um jogo de bilhar com várias almofadas? Direta e significativa, ficou claro que a Rússia de Vladimir Putin tem atacado a África nos últimos meses. Ela também está tentando reunir o autoproclamado “povo africano” dos Estados Unidos?

É o que pensa claramente o Departamento de Justiça americano, que em 18 de abril indicou o fundador e três membros do Partido Socialista do Povo Africano (APSP), grupo nacionalista afro-americano, entidades próximo ao movimento negro dos Panteras Negras e também na origem do Movimento Uhuru, que apresentou candidatos para as eleições locais. Sinal do destino? A festa foi criada em São Petersburgo, cidade americana do condado de Pinellas.

Primeira Emenda

Omali Yeshitela, Penny Joanne Hess, Jesse Nevel e Augustus Romain são suspeitos de serem ou foram agentes pagos da atual Federação Russa. No plano ideológico, a cabeça de ponte desse grupo de réus é mais direta do que o cauteloso discurso africano. Há apenas um ano, Yeshitela afirmou publicamente que o Partido Socialista do Povo Africano pedia “unidade com a Rússia em sua guerra defensiva na Ucrânia contra as potências coloniais mundiais”…

No plano judicial, trata-se obviamente menos de opiniões geopolíticas protegidas pela primeira emenda da Constituição americana do que de supostas operações pagas de desestabilização. Se o réu Augustus Romain é suspeito de ter recebido fundos de um certo Alexander Ionov, um cidadão russo que ficou disfarçado para o Kremlin, “para promover O interesses da Rússia em conexão com a invasão russa da Ucrânia”, o caso da promotoria identificar atividades mais antigas.

“Conspiração contra os americanos”

Em 2016, o serviço secreto russo ajudou a financiar uma viagem de protestos organizados pela APSP para apoiar uma “petição sobre o crime de genocídio contra o povo africano nos Estados Unidos”. Além disso, os réus tentaram “corromper” as eleições americanas, locais em 2017 e 2019, na Flórida, e nacionais em 2020. Tratar-se-ia então de “conspiração contra os interesses americanos”, ofensa grave que pode levar a sentenças de até dez anos de prisão.

Segundo o comediante Morgan Freeman, a ligação entre os chamados movimentos “afro-americanos” e o continente africano parece mais do que teórico. Comprometido com questões de racismo, o ator considerou “insultuoso”, neste 15 de abril, no “Sunday Times Culture”, o termo “afro-americano”, sendo África um continente, ao contrário dos Estados Unidos. Um convite indireto a não considerar a África como um vagão a ser atrelado a uma suposta locomotiva de movimentos Afro-americanos?

Yann Amoussou
Yann Amoussouhttps://afroapaixonados.com
Nascido no Benim, Yann AMOUSSOU trouxe consigo uma grande riqueza cultural ao chegar ao Brasil em 2015. Graduado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília, ele fundou empreendimentos como RoupasAfricanas.com e TecidosAfricanos.com, além de coordenar o projeto voluntário "África nas escolas". Com 27 anos, Yann é um apaixonado pelo Pan-Africanismo e desde criança sempre sonhou em se tornar presidente do Benim. Sua busca constante em aumentar o conhecimento das culturas africanas o levou a criar o canal de notícias AfroApaixonados
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