A Costa do Marfim perdeu quase todas as suas florestas no meio do século: o Projeto de Investimento Florestal (PIF) lançado em 24 de novembro terá que triplicar sua cobertura florestal até 2030.
O FIP visa alcançar uma “cobertura florestal do país de 6,5 milhões de hectares até 2030, ou seja, 20% do território nacional”, de acordo com o Banco Mundial, que o financia no valor de 143 milhões de euros.
“Trata-se de preservar e aumentar o estoque florestal graças a um programa agroflorestal que abrange 300.000 hectares de florestas classificadas degradadas no sudoeste do país, e em florestas classificadas na zona da savana (norte)”, explicou o ministro da Água e Florestas Laurent Tchagba.
Este projeto de sete anos também deve beneficiar os quatro parques nacionais do país, incluindo o de Taï (oeste), a segunda floresta primária da África, listada como Patrimônio Mundial da UNESCO como reserva da biosfera.
Cacaueiros e silvicultura
Delegações do Brasil, Colômbia, Gana, de A República Dominicana, produtora de cacau como a Costa do Marfim, participou do lançamento deste projeto. “Esses países elaboram um guia no qual compartilharão experiências em larga escala de associações de cacau e árvores florestais”, explicou Jean-Dominique Bescond, especialista em gestão de recursos naturais do Banco Mundial.
A Costa do Marfim, que tinha 16 milhões de hectares de floresta na década de 1960, viu a área escondida para dois milhões de hectares, segundo dados oficiais, principalmente devido ao desenvolvimento das plantações de cacau, das quais o país é o maior produtor mundial , com 40% de mercado.
(com AFP)